Sejamos honestos e pragmáticos. Vivemos diariamente abraçados pelos nossos pensamentos, medos, rotinas, problemas, metas, sonhos, ao mesmo tempo que sentimos que temos de provar o nosso valor a toda a hora perante os outros e transparecer uma imagem que somos "perfeitos" e "super bem sucedidos".
É uma enorme pressão sobre nós próprios. Somos nós que a impomos? É a sociedade? Quem faz parte da sociedade, afinal? Não somos nós?
Tiramos fotos a pensar imediatamente em partilhá-las nas redes sociais.
Vamos a eventos para sermos vistos e falados.
Publicamos na ânsia que nos estejam a ver e nos façam like.
Pensamos obsessivamente no que irão os outros pensar sobre nós.
Mentimos para parecermos bem.
Queremos agradar e parecer.
Colocamos filtros e criamos uma imagem que afinal não é nossa.
Escondemos os nossos fracassos e dificuldades porque nos envergonham.
Gritamos sucesso e dígitos para parecermos autoridade.
Ficamos consumidos na imagem, no parecer e a viver para impressionar os outros.
Vemos perfeição e queremos ser perfeitos. Isso não é viver.
O ego destrói.
A vaidade destrói.
A falsidade destrói.
Status. Likes. Dígitos. Visualizações. Tornaram-se nas necessidades mais essenciais de muitas pessoas.
Quando é que nos vamos focar nas necessidades que realmente importam?
Quando é que conseguiremos desligar de viver para a imagem no online para passarmos a saber viver a nossa vida real?
Quando é que o status deixará de comandar as nossas escolhas?
Quando é que nos preocuparemos em impressionar quem realmente importa?
Quando é que perceberemos que as métricas da vaidade são apenas isso, métricas da (nossa) vaidade?
Quando é que seguiremos as nossas próprias regras?
Quando é iremos gritar ao mundo o que realmente pensamos, sem pensar no julgamento?
Quando é que não teremos medo de partilhar a nossa história, a nossa verdade e a nossa vulnerabilidade?
Quando é que seremos realmente quem somos, todos os dias, a toda a hora, em todos os locais, com todas as pessoas?
Deixo-lhe todas estas questões para reflexão e ainda mais uma.
Quem é você quando ninguém o(a) está a ver?
O mundo não precisa do nosso ego.
As pessoas não precisam do nosso ego.
Nós não precisamos do nosso ego.
Se todos fossemos autênticos sempre, o mundo seria, certamente um lugar muito melhor.
Precisamos é de coragem para sermos quem somos, nos assumirmos, tomarmos a responsabilidade do nosso destino e deixar a nossa melhor Marca neste mundo. Esse é o verdadeiro propósito de se apostar intencional e conscientemente na nossa Marca Pessoal. É nisso que eu acredito e é esse o conceito que defendo.
Conheça-se.
Aceite-se.
Defina-se.
Revele-se.
Sem desculpas e sem ter de provar nada a ninguém.
Liberdade é podermos ser nós próprios.
Autoridade é podermos ser nós próprios.
Sucesso é podermos ser nós próprios.
Lembre-se disto: as grandes Marcas Pessoais são grandes, não porque são perfeitas mas porque são reais.
Pense em algumas pessoas que o(a) inspiram e o que têm em comum.
Não tentam esconder a sua história, a sua vulnerabilidade e agem de acordo com os seus valores. São inspiradoras porque são autênticas, humanas e imperfeitas.
A vida não é perfeita. As pessoas também não.
Tenho orgulho quando em partilhar os meus sucessos e insucessos, as minhas conquistas e medos. Não para receber os parabéns ou para terem pena, mas porque é libertador, inspirador e gratificante.
Pessoas escolhem pessoas que gostam e confiam.
Quanto mais partilhar a sua humanidade e verdade, mais hipóteses terá de causar impacto.
Todos somos inspirados pelos outros. Todos podemos inspirar alguém. Você pode inspirar alguém.
São as nossas experiências mais importantes que nos tornam a pessoa que somos hoje. E é quando partilhamos a verdade que nos conectamos genuinamente com as outras pessoas. Porque no final do dia, somos todos humanos.
Então, seja simplesmente você.