Autenticidade, vulnerabilidade e verdade: os três ingredientes chave que não podem faltar na construção da sua Marca Pessoal

Autenticidade, vulnerabilidade e verdade: os três ingredientes chave que não podem faltar na construção da sua Marca Pessoal

A vida não é perfeita. As pessoas também não. E até seria aborrecido se assim fosse. Concorda?

Os momentos mais marcantes da nossa vida, a nossa inspiração e transformações não vêm dos momentos mais altos, mas sim dos mais baixos. São as nossas experiências mais importantes que nos tornaram na pessoa que somos hoje.

 

O que significa ser autêntico para si?

Para mim, é viver e revelar quem somos e o nosso valor para o nosso público, sem buscar a perfeição e mostrando a nossa realidade e vulnerabilidade.

 

Todos temos "coisas menos boas". Assuma e abrace as suas "coisas menos boas".

 

Vou dar-vos um exemplo real.

Um dos períodos mais difíceis da minha vida foi a minha mudança de carreira / abandono do mundo corporativo. Apesar de não estar feliz na altura, não desejava que as coisas chegassem onde chegaram e nunca tinha equacionado ou desejado empreender. Sempre dei o meu melhor para o sucesso dos que me rodeiam e cheguei a um momento em que me senti injustiçada, triste e até perdida.

 

Quando comecei a escrever e a partilhar os meus pensamentos e experiências, comecei pela parte mais fácil (para mim e também pelo que vejo para os meus clientes), a parte técnica. Os meus artigos eram curtos, educacionais e estavam longe de revelar a Vera Medronho (agora já não é assim ;)).

 

Mas, com o passar do tempo, fui sentindo uma necessidade e um à-vontade maior para partilhar mais sobre mim e outro tipo de conteúdo. A partir daí o tom fluiu de uma forma cada vez mais natural.

Fui "abrindo o meu livro" e revelando as minhas experiências, vivências, verdades, sentimentos, pensamentos, sucessos, insucessos...

Sentia-me e fazia-me bem. Mas esse é o meu lado. E o outro lado? Sim, porque se por um lado a partilha pode ser quase "terapêutica", por outro, ela deve ter um sentido, um objetivo e uma missão: inspirar as outras pessoas.

Não é à toa que os meus artigos com maior engagement e que mais mensagens geraram são estas partilhas reais. Nunca pensei que tivesse o feedback que tive.

  • Pessoas que se identificam com o que eu partilhava.
  • Pessoas que diziam pensar ou viver da mesma forma.
  • Pessoas que por alguma razão não podiam ou não tinham coragem para partilhar isso.
  • Pessoas que me iam conhecendo melhor e conectando-se a mim, mesmo sendo online e sem nunca me terem visto.

E era eu mesma. Igual no online e no offline.

 

O segredo deste "sucesso" e retorno? Vulnerabilidade e Verdade.

 

Seja uma separação, um despedimento, uma perda ou simplesmente uma lição de vida, quanto mais vulnerabilidade você partilhar, mais inspirador se tornará.

As suas "coisas menos boas" são suas amigas.

 

O que são estas "coisas menos boas"?

É o conjunto de todas as suas experiências na vida, pessoal e profissionalmente, que o impactaram, que o deitaram abaixo de alguma forma, que o elevaram e que o moldaram e transformaram na pessoas que é hoje. É a sua realidade.

 

Se é fácil partilhar isto em público? Não, pelo menos inicialmente. É muito mais fácil fazê-lo com os nossos amigos, com pessoas que nos conhecem. Aí, normalmente, conseguimos ser simplesmente nós.

Se é importante fazê-lo? Sim.

 

Imagine que pode ser livre para ser sempre você, sempre. E todas as outras pessoas também. Imagine que conheceríamos compreenderíamos realmente a pessoa ao nosso lado. Todos ganhariam.

 

Quanto mais disposto estiver a revelar as suas "coisas menos boas", mais oportunidades criará para criar uma verdadeira afinidade com a sua Marca.

 

As pessoas irão ouvi-lo e segui-lo porque se reveem em si, porque você mostra que é humano tal como quem o segue. É assim que se criam verdadeiras conexões e uma relação de confiança.

 

Pessoas escolhem pessoas que gostam e confiam.

 

Independentemente da sua função, dos seus anos de carreira, da dimensão da sua empresa ou do número de seguidores que tenha, quando você é real, torna-se uma pessoa mais acessível. Você é como o seu público.

 

Há uma linha ténue que separa a nossa partilha verdadeira para inspirar os outros e a nossa partilha para simplesmente sermos vistos.

 

Agora, tome nota de como deve e não deve usar a sua autenticidade, vulnerabilidade e verdade.

 

  • É preciso estar disposto a isto. Não é fácil.
  • Estas partilhas que o expõem não devem ser um truque para chamar a atenção.
  • Não se trata de drama puro e duro ou "lavar roupa suja".
  • Não deve ser usada para manipular o público.
  • Não é sobre si. É sobre os outros. Trata-se de conexão e interesse reais pelas outras pessoas à sua volta.
  • Não usa isto como vaidade, mas sim associado à missão da sua Marca.
  • Só existe uma Marca: a Marca Pessoal. Somos uma só pessoa. Deve ser a mesma pessoa 24h/dia, 7 dias/semana.

 

As Marcas mais fortes e poderosas são aquelas que não têm medo de partilhar quem são, a sua história, o seu passado, a sua humanidade, a sua vulnerabilidade e a sua verdade ao serviço dos outros.

 

As grandes Marcas Pessoais são grandes, não porque são perfeitas, mas porque são reais.

 

Lembre-se, quanto mais partilhar a sua humanidade e verdade, mais hipóteses terá de atrair as pessoas certas, criar impacto e deixar um legado.

 

Seja quem você nasceu para ser, ganhe coragem, deixe a sua Marca e nunca mais pare.